Encosto lentamente a cabeça na pequena
pedra redonda ao lado da grande figueira.
O céu continua pontilhado pelos glóbulos
errantes, tendo maior destaque a grande
dama da manhã, que vem com seu esplendor
anunciar a chegada do grande pai.
Aguardo passivo que seus raios benfazejos
venham aquecer essa carne putrefata que
aprisiona minha alma. Não tenho vontade
de levantar, acho que passarei o dia deitado
vendo a dança das sombras esperando o
momento em que o pai vá para o seu descanso
temporário. Só assim, entre os vultos disformes
sinto segurança para retornar a minha casa
e ver o que deixei lá.