sexta-feira, 21 de maio de 2010

Empirismo.



O empirismo desmonta a graciosa sensação criada pelo doce devaneio numa bela tarde de domingo. Como um acordar de um longo sonho, ou um banho de chuva em pleno inverno.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Além do Véu de Maya.




"...Não interessa
O que aconteça
Eu não tenho pressa
Embora não pareça
A vida não cessa
Eu sei, depois dessa
Ela prossegue ou só recomeça..."

"...Eu sinto o Sol
Eu sinto o seu
Calor ameno
Eu sigo só
Só, eu sigo
Comigo mesmo..."

"...Você vê o meu corpo
E pensa que sou eu
Ele não é eu
Ele não é meu
É só uma dádiva
Dada emprestada
Deus foi quem me deu
Por breve temporada
É só uma roupagem
Densa embalagem
Que não me pertence
Aliás, nada me pertence
Nesse mundo tudo é transitório
Tudo é ilusório
Ainda que se pense
Que o que se vê
É pura realidade
Na verdade, o que se está a ver
Não é mais que um lapso
Distorcido da eternidade..."

"...A cidade é um corpo disforme
Que se espalha enorme
Sobre a crosta terrena
Uma intrigante cena
Ela desperta e dorme
E deixa alguns espasmos
Ou então se consome
Em todo o seu marasmo
Um mundo formigante
Milhões de habitantes
Todos tão imersos
Em seus universos
Presos aos grilhões
Do não saber
Das limitações
De todo ser vivente dessa dimensão
Almas presas aos corpos
Sob pressão véu de ilusão
Até que estes estejam mortos
Deixarão então
Essa condição
E verão que corpo é só casual
Composição genética
Constituição carnal
Eu poderia nascer indiano,sino africano
Viver muitos anos
Pra depois morrer
E voltar a nascer
Como alemão ou americano
Porque então tanta animosidade
Se alma não tem nacionalidade
Alma não tem cor, alma não tem sexo
Esse papo de alma gêmea não tem nexo..."

"...Não quero me perder
pensando em você
Olho pro nada sem porquê
Às vezes te ligo
nem sempre consigo
não escolhi te conhecer
Espero sem saber
que diabos vai acontecer
Não tenho mais o tempo que passou
e agora só me resta te dizer
O que sinto por você
Nada me importa mais..."


(Tribo De Jah)