quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Estrela da manhã.



Encosto lentamente a cabeça na pequena

pedra redonda ao lado da grande figueira.

O céu continua pontilhado pelos glóbulos

errantes, tendo maior destaque a grande

dama da manhã, que vem com seu esplendor

anunciar a chegada do grande pai.

Aguardo passivo que seus raios benfazejos

venham aquecer essa carne putrefata que

aprisiona minha alma. Não tenho vontade

de levantar, acho que passarei o dia deitado

vendo a dança das sombras esperando o

momento em que o pai vá para o seu descanso

temporário. Só assim, entre os vultos disformes

sinto segurança para retornar a minha casa

e ver o que deixei lá.


Nenhum comentário:

Postar um comentário